Há décadas, o Rio Macaé vem lutando pela sobrevivência em especial na tão conhecida Capital do Petróleo. Apesar de ser um importante recurso hídrico responsável por abastecer diversos municípios, ele está se tornando um rio contaminado por efluentes. Na edição de ontem, publicamos uma matéria sobre o assoreamento e a falta de chuva que tem contribuído para o assoreamento do rio, assim como ações de destruição do próprio homem.
Além de não contar mais com suas áreas de alagamentos fundamentais para o armazenamento de água da chuva, o rio continua recebendo despejo de efluentes e descarte irregular. A sua degradação está cada vez maior e mais visível aos olhos de quem passa por ele. Somados aos dejetos que recebe diariamente, o Rio Macaé também recebe outros tipos de resíduos descartados de maneira irregular, como pneus, garrafas pet, restos de móveis, tecidos, ferros, entre outros, que são desembocados no mar, na Praia da Barra, que é considerada uma das mais poluídas da cidade.
E quando o nível dele está baixo, é possível perceber as manilhas despejando os efluentes, a sujeira e também alguns pontos já assoreados.
Apesar de ser o Rio responsável por todo abastecimento da cidade, estudos realizados por profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira / Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambinetal (Nupem) apontam alguns indicadores ambientais de contaminação, como alto índice de coliformes fecais e amônia, assim como substâncias encontradas em derivados de petróleo. Situações que poderiam ser evitadas se o município contasse com sistemas de saneamento e equipamentos para coleta de óleo de barco nas margens do canal, projeto este que já existiu, mas que atualmente está desativado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário