quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Assoreamento e falta de chuva reduzem o nível do Rio Macaé


Se a população já reclama da atual falta de água no município, segundo pesquisadores essa problemática tende a aumentar cada vez mais, pois o Rio Macaé, responsável por abastecer a cidade está com seu nível cada vez mais baixo. Na manhã de ontem, por exemplo, quem passava na Ponte Ivan Mundim podia observar o importante recurso hídrico bastante assoreado. 

Embaixo da passarela (considerada a principal ligação entre a Barra de Macaé e o Centro, que é cortada pelo Rio Macaé), situada ao lado da Ponte o que se podia observar era um pequeno braço de água. 

De acordo com o cientista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem), Francisco Esteves, esse assoreamento do Rio já é uma preocupação antiga do corpo de pesquisadores da UFRJ/Nupem na cidade. 

"Temos uma grande preocupação com o futuro da água em Macaé. O município poderá vir a enfrentar uma crise muito grande com relação ao abastecimento em um futuro muito próximo. Pois estudos apontam que a quantidade de água no Rio tem diminuído a cada ano. E o mais triste é que esta realidade não começou agora. E sim há bastante tempo quando a cidade começou a enfrentar a destruição de suas áreas de alagamento, as chamadas piscinas naturais como, por exemplo, as que hoje dão lugar à Linha Azul", disse o cientista. 

Francisco explica que essas áreas de alagamento também chamadas de "esponjas" são de grande importância, uma vez que filtram e armazenam as águas das chuvas, que posteriormente iriam para o Rio. "Sem essas áreas, a água da chuva vai direto para o Rio, e ele, por estar bastante assoreado, não tem capacidade para armazenar tanta água e ela acaba sendo lançada no mar. Ou seja, acaba sendo desperdiçada", ressalta. 

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