Em aproximadamente dez anos de duração do Bolsa Família, R$ 11,9 bilhões deixaram de ser sacados pelas famílias favorecidas em todo o país, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O valor representa 9,5% do total disponibilizado pelo governo federal no período – R$ 124,8 bilhões.
Os dados são de outubro de 2003, quando o programa foi lançado, até agosto do ano passado – data das informações mais recentes do ministério.
Através do Bolsa Família, o governo deposita mensalmente uma quantia para os beneficiários, que são famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Os saques são feitos por meio de um cartão magnético, e o valor repassado depende do tamanho da família, da idade dos membros e da renda.
De acordo com o ministério, quando o repasse mensal não é sacado em até 90 dias, ele "volta ao orçamento do MDS, sendo utilizado para pagamento de outros beneficiários".
Os anos iniciais do programa tiveram uma proporção de benefícios não sacados mais elevada do que a média dos 10 anos. Em 2003, foram disponibilizados R$ 3,2 bilhões, mas apenas R$ 525,2 milhões foram retirados. Ou seja, 2,7 bilhões não foram sacados – ou 83,6%.
Em 2004 e 2005, os índices continuaram elevados, mas começaram a cair – 38% e 21,9%, respectivamente. Os números começaram a declinar até se estabilizar em torno de 4% nos últimos três anos. Entre janeiro e agosto de 2013, de R$ 16,4 bilhões, R$ 631,4 milhões não foram sacados (3,8%).
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